sexta-feira, 28 de novembro de 2008

NO al veto de Tabaré!!!

*Depois de aprovado no senado e na câmera de deputadxs a lei que despenalizava o aborto no Uruguai foi vetada pelo presidente Tabaré Vázquez. Além de ter passado pelas duas instancias institucionais a questão da descriminalização passou por uma consulta de opinião popular, em que mais de 60% dxs consultadxs se posicionarão a favor da lei.. aí vem um presidente sem noção e subordina todo um processo a suas convicções pessoais.. Sr. presidente, o que meu corpo tem a ver com a m%$# da sua religião????????? Movimentos sociais estão se articulando e fizeram já algumas manifestações contra o veto.. Pra mais informações você pode conferir o Indymedia Uruguay: http://uruguay.indymedia.org/ - que foi da onde a gente tirou esse texto que segue e as fotos das primeiras marchas. Ou! Se você tiver algum texto, notícia melhor sobre o que rolou manda pra gente publicar aqui!!! ( gafe(a)lists.riseup.net ) Soliedariedade aos movimentos uruguaios! Que acabe a intervenção aleatória do Estado sobre nossos corpos!!!


Aunque el Presidente Tabaré Vázquez porfiadamente ha anunciado su intención de vetar la ley que despenaliza el aborto, debe tomar en cuenta la aprobación en las Cámaras y el 60% de apoyo popular.
El martes 11 de noviembre de 2008, el Senado uruguayo finalmente aprobó el Proyecto de Ley de Defensa de la Salud Sexual y Reproductiva, por 17 votos de un total de 30. El Poder Ejecutivo, a partir de esta aprobación, tiene 10 días para firmar la promulgación de la ley, o para vetarla.

Aunque el Presidente Tabaré Vázquez porfiadamente ha anunciado, incluso desde que asumiera el poder, su intención de vetar cualquier ley que intente despenalizar el aborto, el peso simbólico y real que implica su aprobación tanto en Diputados como en el Senado, más el abrumador apoyo ciudadano de más de un 60% a favor del proyecto, sin duda son elementos que debieran influir en un país que se reconoce respetuoso de la voluntad popular.

Y así debe entenderlo Tabaré Vázquez, ya que gobierna para todas las uruguayas y uruguayos, no para estar en paz con sus convicciones personales. Ni tampoco para escuchar las amenazas ni diatribas de las jerarquías eclesiásticas que atentan contra la plena vigencia del Estado laico.

Esta emblemática ley, cuya tramitación lleva ya largo tiempo, ofrece respuestas concretas y coherentes respecto de las demandas en salud sexual y reproductiva de mujeres y hombres, y hace visible la existencia de un territorio de derechos, de autonomías y de libertad, cual es el ámbito de la sexualidad y la reproducción. Y es así como aprueba la despenalización del aborto a demanda de la mujer, hasta las 12 semanas de gestación, reconociendo a las mujeres, sin distinción de clase social, como sujetas de derecho y como entes morales responsables de las decisiones que adoptan sobre su maternidad. Pero no solo habla sobre la interrupción voluntaria del embarazo, sino que establece una serie de medidas para garantizar la promoción y protección de la salud sexual y
reproductiva de todas y todos.

Uruguay se constituye, así, en un ejemplo de democracia, en un ejemplo de acción política impulsada por distintos sectores de la sociedad civil –mujeres, proveedores y profesionales de la salud, representantes de la academia, estudiantes, trabajadoras y trabajadores, sectores de iglesia de base, parlamentarias y parlamentarios, medios de comunicación– para la defensa y promoción de derechos que hasta ahora son muy difíciles de concretar en la vida cotidiana: los derechos humanos sexuales y reproductivos.
La Red de Salud de las Mujeres Latinoamericanas y del Caribe, RSMLAC, por lo tanto, se une al regocijo que recorre a esta región, a las mujeres y hombres que hoy celebran en las calles del Uruguay, y se une también a la decisión cada vez más fortalecida de las organizaciones de mujeres y personas que en otros países continúan luchando decididamente, incluso con riesgo de su integridad personal, por urgentes cambios legislativos y por políticas públicas que hagan posible una verdadera justicia social y de género.

A su vez, los movimientos de mujeres organizadas, apoyan esta lucha de las hermanas uruguayas y solicitan la adhesión de hombres y mujeres, organizaciones políticas y sociales, grupos de diversidad sexual, compañeros y compañeras que hagan suyos estos conceptos.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Aprovada descriminalização do aborto no Uruguai

*matéria publicada em: http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-34-3-10-20081106

Após mais de doze horas de sessão, a Câmara dos Deputados do Uruguai aprovou, por 49 votos a 48, o projeto de lei que descriminaliza o aborto até a décima segunda semana de gravidez.

O texto ainda precisa ser aprovado pelo Senado. Se a lei chegar a ser realidade, o Uruguai será pioneiro da iniciativa na América do Sul, como contaram especialistas argentinos.

O presidente do país, Tabaré Vázquez, já disse que vetará o projeto, que surgiu de parlamentares da coalizão governista, Frente Ampla, que tem maioria na Câmara e no Senado.

Se Vázquez vetar a medida como promete, deputados e senadores precisarão de três quintos dos votos em cada casa legislativa para derrubar o veto e implementar a lei – número considerado hoje difícil.

Ameaça da Igreja

A chamada Lei de Saúde Sexual e Reprodutiva, que inclui a descriminalização do aborto, vem sendo defendida há pelo menos quatro anos por setores políticos e sociais no país.

Desta vez, pouco antes da votação na Câmara, o arcebispo da Igreja Católica em Montevidéu, Nicolás Cotugno, disse que iria "excomungar" os legisladores que votassem a favor da medida.

Manifestantes contra e a favor da medida realizaram protestos do lado de fora da Câmara, e uma ameaça de bomba obrigou que o prédio fosse evacuado.

O deputado e médico Luis Gallo, da Frente Ampla, disse à BBC Brasil que a lei que penaliza as mulheres que praticam o aborto tem 80 anos e prevê processo com prisão de entre três e seis anos.

"O Uruguai é o país da América Latina com maior número de mortes por aborto e o aborto é, ao mesmo tempo, a primeira causa de morte na gravidez no país", disse.

"Temos estimativas mostrando que ocorrem cerca de 33 mil abortos por ano no país. E que somente 0,04% desse total viram processo. Ou seja, a lei em si é uma tragédia e para que existe, se não é aplicada?"

Pioneiro

Em outros países da América do Sul, como Argentina, o aborto está previsto no código penal e só é permitido em casos de estupro ou em que a mãe corra risco de morte.

Tradicionalmente, o Uruguai é um pioneiro sul-americano na adoção de leis liberais na área social. O país foi o primeiro a permitir o divórcio e a separar a Igreja Católica do poder do Estado, que é laico.

No ano passado, o governo de Vázquez começou a implementar, como contou Gallo, a educação sexual nas escolas. Também foi aprovado nesta gestão o casamento entre homossexuais.